29 de junho de 2010

Sobre a saudade.

Ultimamente eu desconheço algum outro assunto que ronde minha cabeça fora essa tal SAUDADE. Não de alguém específico, não de uma coisa. Saudades de tempos que já não voltarão mais, de coisas que eu já fiz e de amigos que eu perdi. Talvez por minha culpa, ou por culpa de ninguém. Uma coisa é certa, as pessoas vêm e vão; Sinto falta de sentimentos específicos, como por exemplo, esse tal AMOR. Talvez eu tampouco tenho o descoberto, já esqueci como vem a ser. Tenho saudades de quando eu conseguia olhar nos olhos das pessoas e não abaixar a cabeça pra nada que pudesse me machucar. Tenho saudades de quando o riso era frouxo, na rua, no meio da rua, num piquenique ao céu aberto, tenho saudades dos telefonemas, das piadas sem graça, das brigas de todos os dias, das colas da escola. Tenho saudades da roda grande de amigos, dos assuntos sem fim. Tenho saudades dos shows, dos gritos, das novas amizades da fila. Tenho tanta saudade de quando a vida era algo além de um monitor de LCD, PLASMA, ou TUBO mesmo. Saudades de quando a internet era uma coisa cara e existiam muitas crianças pobres para tê-la. A modernidade nos tornou escravos de vícios incuráveis, as vezes necessários. Necessários sim, sem a internet eu não sentiria saudades de nada do que eu sinto. Alias, eu sentiria, mas de outra forma, referente à outras coisas. Tenho saudades da minha avó que se foi quando eu tinha 6 anos, tenho saudades do meu avô que se foi ano retrasado. Tenho saudades do meu canário que morreu no começo desse ano. Tenho saudades dos meus hamisteres. Tenho saudades do doce que vinha em tubo igual ao de pasta de dente, com um gosto ruim, mas bom. Tenho saudades de inúmeras coisas... Mas apenas ter saudade não muda em nada. Saudade a gente sente do que a gente amava, do que a gente teve e perdeu. Amava não, porque amor de verdade não morre. Só mora num canto pequeno pra que possamos amar outras coisas. Não substituir, mas amar outras coisas TAMBÉM. E eu digo com a maior certeza do mundo, eu amo viver e amo ter a vida que eu tenho, apesar de eu estar sempre reclamando, eu reclamo de barriga cheia. Mas vi que isso não me leva a nada, eu estava me tornando um lixo, uma velha antecipadamente. E não, não é o que eu quero pra mim. Eu quero viver cada fase da minha vida, do jeito que têm de ser vividas. E ponto final. Eu não quero acelerar o tempo, menos ainda voltar no mesmo. O passado fica pra trás, um pedaço em mim, pra eu lembrar de vez enquando, enquanto eu tento ser alguém melhor do que fui. Mas eu sempre vou sentir saudade. Saudade é igual à crateras, conforme o tempo passa, ela tende a afundar mais, e mais e mais. A saudade afunda no meu peito, soterra tudo em volta. Mas eu deixo pra lá, não vale a pena lembrar todo instante de tudo. Lembro-me só do que me faz bem. 70% das coisas que vivi eu tenho saudade. Mas ultimamente, o que eu mais tenho sentido saudade, é de quem eu descobri que sou.

25 de junho de 2010

Conclui;

PRECISO de algo que me inspire;
PRECISO que isso seja um amor;
PRECISO de algo que me volte à vida;
PRECISO de um motivo pra querer;
PRECISO não precisar de você.

Intro;

E isso deve ser um carma, uma perseguição, eu sempre, sempre me meto onde não devia, e me ferro. Eu sempre fui disse, disso de me intrometer onde não sou chamada, alias, as vezes sou, MAS É ERRADO ISSO. Nayara, aprenda, por favor, mesmo agora que seu coração se tornou uma pedra grossa de gelo, por favor, nem todas as pessoas são como você e não sentem nada. Você pode não se machucar, mas o outro lado... Tá, eu não devo estar no meu Estado NORMAL, eu estou falando de mim na terceira pessoa. COMO ASSIM? Enfim, não cabe a mim me julgar pelas coisas que eu faço, cabe a mim fazer, se eu estou errada, eu vou arcar depois. E isso é bom, eu aprendo um pouco, mas cometo o mesmo erro novamente, e por aí vai, vou me metendo, me intrometendo, criando introduções sem a continuidade musical... Eu ando falando tanto em musica, que vou ali, buscar meu violão, aprender a tocar e virar pop cantando musica dos outros. Ou não.

20 de junho de 2010

Música;

Eu sou DJ, escolho a música que vai embalar minha vida. E não me interessa se você não sabe dançar. Interessa que me agrada essa melodia.

13 de junho de 2010

Não ouse;

Eu sou, eu quero, e eu sei que posso. Eu não mudo, eu não ouso mudar. Não ouse querer me mudar, não ouse querer me amar.

12 de junho de 2010

Happy valentine days; or 12 June;

Não tenho números exatos, porque não há como calcular os mesmos. E não importa os números que apontam as estatísticas, o que importa é que eu estou sozinha, de novo. E acredito que não seja nada de mais isso, vivi 14 anos sozinha no dia dos namorados, não serão três anos consecutivos que vão me matar. Confesso que faz falta ter um presente por hoje, um passeio e afins. Mas de certa forma fico feliz em não ter que pensar num presente, num passeio ou algo do tipo. Eu sou péssima com essas coisas; Acho que a unica surpresa que eu seria capaz de fazer era me deitar numa forma com uma maça na boca. Mas isso é antiquado e sem nexo. HAHA. Mas enfim, eis que mais uma vez, num dia frio, chuvoso e ruim, estou aqui, em frente ao meu computador, jogando conversa fora com os meus queridos amigos solteiros. Não arrumei nada pra fazer hoje e fiquei enfiada em casa o dia todo. A unica coisa que compensou hoje foi poder ouvir a voz do Guilherme me dizendo que eu o irrito, como sempre, eu sempre fiz isso e sempre vou fazer. Viciei. Diz minha mãe que eu o amo, e eu concordo com ela, mas que merda de amor é esse que me fez tão mal e agora está tão apagadinho? Eu queria poder fazer de conta que é hoje foi só um sábado comum, num mês comum, sendo um dia comum, na minha rotina comum. Mas não farei, hoje é a prova de que sou insuportavelmente insuportável. E eu estou sozinha por isso, não por opção, não escolhi não ter a quem presentear, a quem fazer companhia. Não escolhi, e nem me escolheram pra isso; Parece com a época de escola, quando tinha a escolha dos times. Eu era e ultima a ser escolhida. Por jogar mal ou simplesmente por não ser bosta nenhuma pra ninguém da turma. Mas as vezes as pessoa se arrependiam de me escolher por ultimo, porque eu jogava pra caralho (as vezes), só que isso não tem como premeditar. Espero que aconteça isso na minha vida também, eu seja a ultima a ser escolhida, até que eu prove que posso ser a primeira da proxima vez, e mostrar pras pessoas do que eu sou capaz, por quem quer seja. A vida é um jogo, o amor é um jogo. E eu sou uma jogadora nata, que não joga pra perder e não tem medo de se machucar. Apenas faltam adversários.

8 de junho de 2010

A muralha;

Eu me lembro das diversas vezes que fui capaz de mentir. Das diversas vezes que fui capaz de dizer não, quando minha vontade era simplesmente dizer um "Eu quero"; "eu vou". Sempre me neguei a ter alguma relação interpessoal de qualquer genero, numero e grau, com quem quer que fosse, a hora que fosse. E sim, eu sinto falta de ter alguém do meu lado, de ter com quem conversar sobre as coisas tolas da vida, sobre os sonhos doidos e bobos, sobre o dia que tive. Eu me irrito com essa minha mania filha da puta, de sempre falar sobre não ter ninguém e não conseguir ser feliz assim. Ora, eu SOU feliz; O problema é que eu gosto mesmo de um drama, de uma ceninha, seja qual for, pra plateia que for. E isso, me torna falsa, uma atriz, uma protagonista, por favor eu gosto mesmo de ser o centro das atenções, mas por gostar tanto, é o que menos tenho. Sempre tive vontade de ver meu nome em créditos finais, sempre quis mesmo ver meu nome em prêmios instalados em estantes por corredores de uma casa enorme, e vaga. Eu me privei de gostar das pessoas e criei uma dura barreira contra o mundo; barreira essa, que pessoas covardes, como a maioria das pessoas do mundo, SEQUER cogitam quebrar. Pra que? Ninguém gosta de surpresas, e convenhamos, existem surpresas que não são de todo boa, nem de todo ruim. Mas ninguém procura pelo lado bom. Eu tenho martelos, marretas, dinamites e tudo tudo que possa levar essa muralha a baixo, mas faltam apenas duas coisas: motivação e recompensa; Eu não quero derrubar por derrubar, e voltar a ser frágil, vulnerável, me foder de novo. Mas ao mesmo tempo, eu quero ver o que tem do outro lado, sentir o estômago com borboletas, ouvir meu coração bater, acelerar. As vezes eu tenho que me certificar que ainda há um coração em mim, quase sempre. Só que, não tenho escadas que me levem ate o topo da muralha e estejam ali pra quando eu quiser voltar. Ou eu pulo, ou eu fico aqui; Ou, arrebento a muralha. Eu posso fazer uma janela, colocar uma grade e observar de longe, podendo ver mais de perto quando algo chamasse atenção, e então, fugir quando o alvo se aproximasse com tesouras ou objetos cortantes. O que eu tenho é medo dos sentimentos, e de suas consequências. Enfim, um dia isso muda, eu quebro a muralha. Mas antes, compro materiais suficientes para construir uma nova no lugar, por precaução.

2 de junho de 2010

Vazio;

Estado físico, psíquico,voluntaria ou involuntariamente. Nada certo, tudo certo, fora do lugar, pesado, pesando, quebrando, caindo, caindo, voando. Sumindo. Vazio, vontades, solidão, preciso de atenção. Preciso de tudo o que eu posso. Vazio. Vaga. Não entendo.

Sem mais.
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