24 de abril de 2010

Enfraquecendo;

Ao longo dos meus 18 anos, eu sempre sobrevivi a muita coisa, passei por problemas, direta ou indiretamente. Mas nunca foi tão claro quando nos ultimos tempos que eu não sou forte tanto quanto semelho ser. Minha força nada mais é do que o suficiente para carregar a carcaça pesada e cansada que é o que as pessoas querem ver. Ninguém quer te olhar por dentro e menos ainda no teu coração. A força parece ser tanta, só que, perto da dor, ela se torna um cisco insignificante, um grão de areia. E vejo que de nada adianta guardar as coisas pelo tempo que for. Não convêm a mim gritar pra os mil mundos que eu tenho problemas, isso as pessoas já deveriam saber. Oi, eu sou um ser humano! Mas não, as pessoas tornaram-se tão superficiais, que só passam a enxergar os problemas quando eles não cabem mais em caixas. E pior disso tudo, é que as caixas que continham problemas pequenos, deram por se desmancharem e jogarem tudo para fora, já estava tudo transbordando, tudo saindo pelas bordas, pelos espaços que sobravavam entre um durex e o outro. Não aguentou. Tudo ao mesmo tempo, como numa avalanche violenta, forte. Coisa que eu não sou. O que as pessoas veêm é, em partes, fingimento. Eu não tão sou forte quanto pareço ser, aliás, eu não sou nem um pouco forte, eu finjo. Finjo tão bem, que as vezes me pego acreditando em mim mesma.
Mas são nessas horas que vejo que eu finjo. As forças não existiram nunca, e tudo era apenas faixada. A força que eu tenho, é a que está dentro de mim, carregando essa carcaça pesada, mas mesmo assim, não é tanta força, vira e mexe, vejo meus joelhos tremendo, arriando. Não, não é força. O pior de tudo isso, de novo, ou ainda, é ver a ingraditão estampada nas rostos alheios. Eu nunca fiz nada pedindo algo em troca, mas quando eu preciso, não vejo mãos estendidas. Olho para o lado, e cadê? Pelas minhas contas o minimo de mãos que DEVERIA estar em minha volta, é 12 pares; o minimo. Pena que só vejo 3, no maximo. Que se dane, isso só serve de lição. Aliás, tudo na vida é lição. Tudo que a gente começa a construir, no fim, vai ser uma arquitetura interna, que levarmos-ei para toda a vida. Pena que construir vai muito cimento e areia. E eu, eu que sou alergica aos dois? Onde fico nessa obra? Planejar não adianta, o que funciona é a mão na massa. E a alergia, trata-se depois. O que importa é construir, e não esperar que construam por você. E eu não to falando de amor, nem dessas coisas, que disso eu já desisti faz tempo, não tenho vocação pra ser amor de ninguém e nem pra ter um amor meu. Me dei conta que isso não é pra mim. Não funciona e eu não vou tentar concertar, obrigada. Aqui estou eu, com as faces, esperando os tapas. E eu tenho fé. Vai passar.

Um comentário:

  1. Oi eu não sumi, pelo menos para sempre... perdoa? (a) E qndo precisar conversar ou apenas chingar alguem faça um sinal de fumaça que eu vou aparecer.(f)

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