3 de maio de 2010

Vôo Livre;

É um amontoado de vontades que eu tenho, e que insisto em querer jogar pelas janelas. Só que me esqueço que na altitude o ar rarefeito às impede de serem abertas. As turblências do vôo me permitem não conseguir agir e manifestam outras partes do meu corpo não funcionantes em terra firme. A ultima coisa que continua com o mesmo efeito, a mesma (in)utilidade, é a cabeça, que formula, inventa e claro, pensa. Pensa em qual a sensação de tocar o chão novamente após horas fora do mesmo, pensa em como vai ser encostar a cabeça no travesseiro de uma cama quente e aconchegante; Pensa em correr, e pular, com tudo, no ar. Onde nada prenda nada, onde tudo voe livre e totalmente sem destino. Onde os risos se misturem ao canto dos pássaros e os batimentos cardiácos corram por entre as nuvens brancas e maciças do céu; Pensa onde tudo isso vai dar, quando vai ser a decolagem e como a mesma será. Tranquila, suave, ou avassaladora, conturbante e rude. Pensa. Pensa. Pensa demais, quebra logo essa janela, e para com essa cara de paisagem. Não tem camera fácil e mesmo que tivesse, captaria outras coisas, não a face. Pensa, não, não pensa. Pula. Voa. Desce. Colide. ACORDA!

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